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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jarra art déco “Pelicanos” da Fabrica Rafael Bordalo Pinheiro – Caldas da Rainha


Jarra de faiança moldada e relevada, de cor monocroma azul-escura e vidrado brilhante, ao gosto art déco. Em forma de balustre, com pé saliente e gargalo evasé, o bojo piriforme é enquadrado lateralmente pela estilização do símbolo heráldico das Caldas da Rainha, o pelicano. Os pescoços e cabeças das aves formam as asas pequenas da jarra. Toda a estilização do animal, que alimenta três crias no ninho, remete para um geometrismo rígido e hierático. As penas assemelham-se a escamas e lâminas de metal. O ninho cónico, pelo contrário, tem uma estilização mais orgânica. Do estrangulamento do colo pendem triângulos em relevo, opondo-se dois de maiores dimensões entre as asas das aves, e quatro mais pequenos ladeando as suas cabeças. No fundo da base, impresso na pasta, carimbo circular da Fabrica Rafael Bordalo Pinheiro com a característica rã. Igualmente carimbados e impressos na pasta A L e 5.
Data: c. 1930-40
Dimensões: Alt. 33 cm



Estamos em crer que este modelo, tal como três outros anteriormente apresentados, faça parte de uma mesma série criada pela Escola Comercial Rafael Bordalo Pinheiro.

Todavia, esta peça será a mais ligada ao imaginário e à história locais dado remeter para as armas da cidade, que são constituídas pelo brasão da rainha D. Leonor, ladeado pelo camaroeiro, seu emblema, e pelo pelicano, emblema de seu marido o rei D. João II.

As Caldas da Rainha tiveram origem no hospital termal e povoação fundados pela soberana em 1485. O povoado adquiriu a dignidade de vila logo em 1511.
 

 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Conjunto de três jarras da Fábrica Rafael Bordalo Pinheiro (1930-40)




Grande jarra moldada e relevada, de forma esférica. Sobre uma base lisa vidrada a azul-escuro flambé, envolvendo o bocal com gola saliente, foi aposta uma estrela de cinco pontas, azul clara, sobre a qual se dispôs uma decoração constituída por malmequeres estilizados da mesma cor.
Data: c. 1930-40
Dimensões: 27 cm x 27 cm





Variante do modelo anterior, mas de forma quase esférica, dado ser ligeiramente achatada nos pólos, com decoração relevada constituída por outro tipo de flores estilizadas dispostas sobre uma estrela castanho claro sobre fundo castanho-escuro flambé.
Data: c. 1930-40
Dimensões: 16 cm X 12 cm





Este outro modelo obedece a uma lógica próxima dos anteriores. Contudo, apresenta uma forma totalmente distinta resultante da inversão de uma jarra de modelo convencional, passando o bocal a ser a base. Quatro triângulos que se interseccionam envolvendo a boca, formam igualmente uma estrela, com decoração relevada de folhas e bolotas de carvalho. Este exemplar é uniformemente a azul-escuro, de meio brilho. No entanto, um exemplar existente no Museu Nacional do Azulejo, apresenta a mesma composição cromática da grande jarra esférica em dois tons de azul.
O exemplar existente no Museu da Fábrica Bordalo Pinheiro, pelo contrário, apresenta uma
coloração mais convencional: base castanho-escuro com os triângulos e respectiva folhagem
em cores outonais de verdes e castanhos. Esta peça foi-nos vendida como sendo desenho de
Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920) , todavia, como não encontrámos provas nesse sentido
e dadas as afinidades existentes com as jarras anteriores, parece-nos ser mais provável que
seja da mesma época e estilo.
Data: c. 1930-40
Dimensões: alt. 29 cm


As três peças da Fábrica Rafael Bordalo Pinheiro de barro branco executado a barbotina,
integram modelos criados na Escola Comercial Rafael Bordalo Pinheiro e industrializados pela
referida fábrica, cuja marca aparece inscrita na pasta da base. Os mesmos modelos, pelo
menos os esféricos, deram origem a bases de candeeiro, cuja única diferença é a ausência de
gargalo que fica reduzido a um simples furo para a instalação eléctrica (uma dessas bases para candeeiro, idêntica à grande jarra esférica azul, na versão cromática de preto e cinza
(maugrado a fotografia ser a preto e branco), pode ser visto no catálogo da Exposição 50 anos
de cerâmica caldense: 1930-1980. (Caldas da Rainha: Grupo dos Amigos do Museu de Cerâmica.
1990, pág. 58 (foto) e 92 (ficha). Nestas três jarras constata-se a influência evidente do gosto
art déco das peças de prata de fabrico nacional.