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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Prato de cozinha com motivo de “amores-perfeitos” azul - Sacavém


Prato de cozinha de faiança moldada, formato circular com aba larga e lisa. De cor branca, o covo apresenta decoração central estampilhada e aerografada com bouquet de flores formado por três amores-perfeitos, a castanho e amarelo, campainhas castanhas e folhagem verde. Aba com barra aerografada a azul que, partindo do bordo, se esfuma em direcção ao centro. No fundo da base carimbo verde «Gilman & Ctª – Sacavém» sobrepujando «Portugal» e carimbos da mesma cor com «Z», um «S» (?) e «1300» (?)
Data: c. 1930-40
Dimensões: Ø 30 cm x alt. 5 cm


Mais um prato de grandes dimensões da Fábrica de Loiça de Sacavém. O motivo central remete para a decoração nº 1300-A «para malgas e pratos de cosinha», conforme se pode ver na ilustração da década de 1930 do catálogo de desenhos da fábrica, disponível no Centro de Documentação do respectivo Museu (MCS-CDMJA), cuja disponibilidade e apoio uma vez mais agradecemos.

Esta versão, com a aba simplesmente aerografada a uma cor, menos pesada do ponto de vista da ornamentação que a do catálogo, foi produzida com outras variantes cromáticas, como teremos oportunidade de mostrar.


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Prato de cozinha com motivo de mesquita - Sacavém


Prato de cozinha de faiança moldada, formato circular com aba larga e lisa. Decoração central estampilhada e aerografada, policroma. Sobre fundo branco, duas estampilhas a amarelo e castanho estilizam o motivo de mesquita, com espelho de água em frente e margem oposta em primeiro plano, onde se erguem duas palmeiras (tamareiras), à esquerda, definidas por duas outras estampilhas a castanho-mel e verde. Bordo com barra aerografada a cor-de-rosa que se esfuma em direcção ao centro. No fundo da base, carimbos verde «Gilman & Ctª – Sacavém – Portugal» e «946».
Data: c. 1930-40
Dimensões: Ø32 cm x alt. 5,5 cm


A arquitectura de uma mesquita otomana à borda de água, muito provavelmente um rio, com as duas tamareiras em primeiro plano, servindo de repoussoir, remete para o exotismo de um qualquer deserto do Próximo Oriente, o Egipto, por exemplo. Como se a mesquita turca do Cairo tivesse descido até ao Nilo.

Decorações idênticas podem ser encontradas em bases para bolos alemãs (infelizmente perdemos uma das imagens que tínhamos para ilustrar) e noutras peças cerâmicas da mesma nacionalidade.

Embora com raízes ainda setecentistas e que o espírito do Romantismo desenvolveu, este tipo de representações de um misterioso e exótico Oriente Próximo alimentaram o imaginário do Ocidente século XX dentro. O fascínio que a espectacular descoberta do túmulo de Tutankhamon, em 1922, causou, ou antes a personagem Lawrence da Arábia (1888-1935) e a canção «The Sheik of Araby» (1921), depois o cinema, em filmes como «The Sheik» (1926), ou os cenários da intriga de algumas obras de Agatha Christie (o mais conhecido será «Morte no Nilo», de 1937), por exemplo, contribuíram para continuar a alimentar fantasias das “mil e uma noites” no imaginário e estética colectivos pelo menos até ao desencanto que eclodiu com a II Grande Guerra.


Exemplar idêntico já foi apresentado por MAFLS, que sobre o tema discorreu, e apenas rectificamos que se trata da decoração nº 946 «para malgas e pratos de cosinha», conforme desenho do fundo documental da antiga Fábrica de Loiça de Sacavém, disponível no Museu de Cerâmica de Sacavém - Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso, a quem dirigimos, uma vez mais os nossos agradecimentos, e conforme carimbo deste nosso exemplar.

Como os Reis Magos vieram do Oriente e o Menino também por lá nasceu, aproveitamos o motivo para desejar um


sábado, 12 de setembro de 2015

Prato de cozinha art déco cor-de-rosa com flores estilizadas – Lusitânia-Coimbra


Hoje trazemos um prato de cozinha, idêntico ao anterior e igualmente da «Lusitânia ELCA – Coimbra – Portugal», como indica o carimbo a verde, diferindo apenas na dimensão, na cor rosa, igualmente a esfumado ou a cheio mais intenso, e no acréscimo do motivo aerografado em zig-zag que circunda o bordo.
Data: c. 1930 - 40
Dimensões: Ø 34,3 cm x alt. 4,5 cm



domingo, 6 de setembro de 2015

Prato de cozinha art déco verde com flores estilizadas – Lusitânia-Coimbra


Prato de cozinha de faiança moldada, circular com aba larga e lisa. De cor branca com decoração, estampilhada e aerografada, a verde esfumado, no centro do covo, com motivo de flores estilizadas de gramática art déco. Bordo aerografado a verde esfumado. No fundo da base, carimbo verde «Lusitânia ELCA – Coimbra – Portugal».
Data: c. 1930-40
Dimensões: Ø 37 cm x alt. 6 cm


Este é mais um caso, como veremos no próximo post e como temos vindo a mostrar, que permite aferir que uma mesma estampilha e técnica foram coetaneamente utilizadas em peças produzidas nas unidades da fábrica Lusitânia de Coimbra e de Lisboa.

Fábricas nacionais como Sacavém, Massarelos e Lusitânia, tanto na unidade de Lisboa como de Coimbra, e, mais tardiamente, a Lufapo, herdeira das últimas, e a Cesol produziram pratos de cozinha e saladeiras, entre outras peças, com decorações recorrendo a estampilhas e a aerógrafo, onde predominam composições de gosto art déco.


Apesar de acrescida de pequenos apontamentos vegetalistas e ligeiras modificações reconhece-se que a mesma composição floral do exemplar de hoje foi utilizada, em finais da década de 40 e/ou já na seguinte, em peças fabricadas pela Cesol (ver MAFLS). Permanências de um estilo que em Portugal conquistou uma popularidade longeva como temos mostrado na cerâmica, mas igualmente noutros campos como foi o caso da arquitectura popular. 

domingo, 22 de março de 2015

Prato de cozinha art déco flores estilizadas – Lusitânia-Lisboa


Prato de cozinha de faiança moldada, com decoração art déco no covo, de flores estilizadas e motivos geométricos, policroma, estampilhada e areografada. Aba aerografada a lilás, em esfumado na direcção do seu centro, e com motivo livre ziguezagueante a castanho mais próximo do bordo. No fundo da base, carimbo estampado verde em forma de escudo com cruz de Cristo, encimado por coroa, Lusitânia CFCL - Portugal
Data: c. 1930 - 40
Dimensões: Ø 34 cm x alt. 5 cm


Da unidade de Lisboa da Companhia das Fábricas de Cerâmica Lusitânia (C F C L) chega-nos uma das decorações art déco mais interessantes, em nossa opinião, aplicadas à faiança popular do estilo feita em Portugal. Embora a linha ziguezagueante que circunda a aba remeta ainda para um gosto popular oitocentista o que sobressai é a contemporaneidade do grafismo central.

A assimetria da composição, a geometrização das flores e os motivos geométricos e, sobretudo, o despojamento dos elementos ornamentais no vazio, agrada-nos particularmente.

Até agora, pelo menos, não encontrámos referência de fábrica estrangeira que utilizasse esta ornamentação. Motivos de bordados regionais podem ter sido a fonte de inspiração, mas também encontramos afinidades com certas serralharias, madeiras entalhadas ou mesmo baixos-relevos ornamentais (cerâmicos ou pétreos), aplicados em arquitecturas, francesas mas também americanas (por via francesa), como se ilustra (imagens retiradas da net no Pinterest).



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Prato de cozinha art déco com capuchinhas – Sacavém


Prato de cozinha de faiança moldada, formato circular com aba larga e lisa. Decoração central estampilhada e aerografada, policroma, sobre fundo branco vidrado, onde se destaca um bouquet naturalista de chagas em flor, a amarelo e rosa-velho, com respectiva folhagem verde, sobre um subtil esfumado cinza-azulado. Bordo com barra aerografada a cor-de-rosa que se esfuma em direcção ao centro. No fundo da base, carimbos verde Gilman & Ctª – Sacavém – Portugal, «V» e «947».
Data: c. 1930-35
Dimensões: Ø 34,4 cm x alt c. 5,5 cm


De acordo com a imagem que ilustramos do catálogo de desenhos da Fábrica de Loiça de Sacavém, existente no Centro de Documentação do respectivo Museu (MCS-CDMJA), a quem mais uma vez agradecemos, trata-se da decoração nº 947, para malgas e pratos de cozinha.

O sucesso alcançado por este tipo loiça utilitária com decoração a aerógrafo, levou a que fosse produzida num período longo de tempo. O caso mais flagrante terá sido o motivo de rosas abertas, já ilustrado, que perdurou durante cerca de 40 anos, em pratos e, sobretudo, em malgas (saladeiras). O motivo de capuchinhas foi retirado, como indica o «R» a azul escrito na folha do catálogo, mais cedo, embora em data desconhecida.


No caso de hoje, o motivo floral, representa uma planta originária da região andina da América do Sul, a capuchinha (Tropaeolum majus), também conhecida por chagas, flor-do-sangue, agrião-do-méxico, nastúrcio, nastúrio, nastruço do Perú. É uma planta muito decorativa, com flores que podem ser de cor amarela, laranja ou carmim (estas mais raras), e também comestível. Era muito utilizada como planta medicinal na região dos Andes. Na sua América natal é plurianual, e, curiosamente, na Europa, para onde veio trazida no século XVII pelos conquistadores espanhóis, aclimatou-se muito bem e tornou-se anual.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Prato de cozinha com motivo «Varina» - Sacavém


A peça de hoje surge a propósito da exposição «Varinas de Lisboa – Memórias da Cidade», que inaugura amanhã no Pavilhão Preto do Museu da Cidade (futuro Museu de Lisboa – Palácio Pimenta), onde para além de pintura, gravura, fotografia, escultura, etc., também poderão ver algumas cerâmicas e vidros cujo motivo decorativo ilustra este verdadeiro ícone lisboeta.

Trata-se de um prato de cozinha de faiança moldada, formato circular com aba larga e lisa. Decoração central com motivo de varina policroma, pintada à mão, sobre fundo branco. Bordo com barra aerografada a cor-de-laranja que se esfuma em direcção ao centro. No fundo da base, carimbos verde Gilman & Ctª – Sacavém – Portugal e 2 (?).
Data: c. 1935 - 45
Dimensões: Ø 37 cm x alt 6,3 cm


Particularidade interessante, o desenho fruste e popular da figura da varina de corpo inteiro que decora o fundo do prato da Fábrica de Loiça de Sacavém, uma mulher de trabalho, foi claramente picado de um desenho mais erudito que adorna prato da Vista Alegre, de cerca de 1930-35 e que aqui se apresenta. Neste caso a varina, elegante e requintada, desfila como quem se exibe numa passerelle. Ambos podem ser vistos na referida exposição.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Prato de suspensão art déco com chinês vendedor de peixe - K et G Lunéville - França



Prato de suspensão circular e lenticular de faiança moldada. Sobre a cor branca recebeu decoração policroma estampilhada e areografada estilizada ao gosto art déco. Um vendedor de peixe ou pescador oriental, de chapéu largo e vestes longas, em movimento para a direita, mas com a face, onde se destacam os bigodes descaídos, voltada no sentido oposto, transporta, em equilíbrio sobre os ombros, uma vara de onde pendem peixes. Braços ao longo do corpo segurando um grande peixe em cada mão. A vara, à qual estão atados os peixes, opõe-se à curva superior do prato, enquanto que os pés, calçados com tamancos encurvados, e parte inferior do vestuário, curvam para formar uma linha paralela ao bordo inferior. A composição é contida por moldura circular formada por filete e fita segmentados a preto e castanho-mel. Este prato é um exemplo raro em que a assinatura do artista Géo Condé (1891-1980), no caso o seu monograma «GC», se integra na decoração, como se um dos padrões geométricos tivesse fugido da decoração do traje. No fundo da base, carimbos a verde, «K e G / Lunéville / FRANCE» e algo ilegível. Inscrito na pasta, o que parece ser umas lunetas e «B».
Data: c. 1930
Diâm: 32,2 cm


A personagem resultará de uma interpretação livre de uma estampa do Extremo-Oriente. A composição gráfica da figura, minuciosamente elaborada, implicou a utilização de quatro estampilhas distintas. Apesar de limitada a quatro cores (azul, amarelo, castanho-mel e preto) parece ostentar uma policromia mais diversificada. Tal impressão visual resulta do recorte pormenorizado e também da justaposição repetida das cores.

Parte da presente descrição baseia-se no conteúdo que acompanhava a peça exposta na exposição que o Musée de L’École de Nancy dedicou a Geo Condé (1891-1980), de 18 de Novembro de 1992 a 28 de Fevereiro de 1993.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Prato de cozinha art déco com rosas abertas – Sacavém


Prato de cozinha de faiança moldada, de temática idêntica ao postado em 11 de Agosto passado, embora, este sim, com a decoração nº 1161 «para malgas e pratos de cosinha», em que apenas duas rosas abertas, e de outra variedade, se destacam sobre a folhagem, e cujo desenho, mais uma vez, se ilustra (reiteramos os nossos agradecimentos ao Museu de Cerâmica de Sacavém - Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso pela cedência da imagem). Mais frequente que o motivo anteriormente postado, quando posto em confronto com o das rosas a abrir perde em qualidade plástica e técnica, sendo a pintura a aerógrafo menos bem conseguida com as flores sem volume.
 
 
Para além da decoração, este prato é de dimensões um pouco mais reduzidas. No fundo da base, apresenta carimbos a verde Gilman & Ctª – Sacavém – Made in Portugal, R e 1161.
Data: c. 1930-35
Dimensões: Ø 32 cm x alt 5 cm

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Prato de cozinha art déco com rosas - Sacavém

 
Prato de cozinha de faiança moldada, formato circular com aba larga e lisa. Decoração central estampilhada e aerografada, policroma, sobre fundo branco vidrado, onde se destacam duas rosas cor-de-rosa quase abertas com as respectivas folhas verdes e três rosas em botão, tendencialmente naturalistas, sobre folhagem miúda, a cinzento-azulado, estilizada. Bordo com barra aerografada a cor-de-rosa que se esfuma em direcção ao centro. No fundo da base, carimbos verde Gilman & Ctª – Sacavém – Portugal, 3 (?) e –5 (?). Inscrito na pasta algo ilegível (Sacavém?).
Data: c. 1930-35
Dimensões: Ø 37 cm x alt 6,3 cm
 

A técnica da estampilha com pintura a aerógrafo, em esfumado, dá corpo e volume às flores e folhas, que sobressaem sobre o emaranhado da folhagem cinzenta, mais uniforme no tratamento cromático e que funciona como repoussoir.

Tratar-se-á de uma variante da decoração nº 1161 «para malgas e pratos de cosinha», que aqui se ilustra, e que apresenta flores mais abertas e sem botões (imagem gentilmente cedida pelo Museu de Cerâmica de Sacavém - Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso).
 

Este tipo de imagens aerografadas foi muito utilizado na Alemanha nas duas primeiras décadas do século XX, especialmente com motivos de frutos, que Sacavém também copia como teremos oportunidade de ilustrar. A França, com esta técnica, de uma maneira geral, mantinha-se fiel às composições figurativas estilizadas de gosto art déco, fossem elas vegetalistas, animalistas ou antropomórficas, habitualmente sem esfumados, que vinham, pelo menos, desde os inícios da década de 20. Todavia, cerca de 1930, por razões históricas e geográficas, algumas fábricas francesas, caso de Sarreguemines, cidade que havia sido a alemã Saargemünd, também apresenta alguma produção similar, embora menos consistente que as congéneres germânicas que haviam avançado por um experimentalismo de vanguarda revolucionando, a partir da segunda metade dos anos 20, as composições decorativas que tendem para a abstração e o geometrismo como temos várias vezes referido e ilustrado.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Prato de cozinha art déco - Lufapo – Massarelos


Prato de cozinha, de faiança moldada de formato circular com aba larga e lisa. Decoração central, no covo, policroma, a azul, verde e ocre, estampilhada e aerografada em esfumado, estilizada dentro da gramática art déco, com motivo de galo cantando à alvorada. Bordo aerografado a verde esfumado. No fundo da base, carimbo preto Lufapo – Massarelos - Portugal.
Data: c. 1955
Dimensões: Ø 40 cm


A mesma temática com galo e técnicas de decoração do prato Lunéville apresentado anteriormente, embora neste, de grandes dimensões, as cores nos apareçam em esfumado, mais na tradição alemã, que com cores planas bem definidas como na produção francesa.


Prato tardio dentro da produção art déco nacional, embora utilizando uma estampilha que será, muito provavelmente, dos anos 30, aqui aplicada fora do contexto estético que lhe deu origem.
Integrada na Lufapo em 1952, a Massarelos encerrou em 1980 como já escrevemos.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Prato art déco “Le Coq D’Or” - Lunéville K et G - França


Começa a ser tradição não termos possibilidade de postar no dia de aniversário do nosso blogue que ontem devíamos ter celebrado. Contingências da vida e do trabalho …

As soluções simples e decorativas concebidas por Géo Condé (1891-1980), a quem está atribuído este prato, integram-se na renovação da produção cerâmica do pós I Guerra Mundial. O estilo Géo Condé marcou a produção cerâmica das fábricas da região de Lunéville. Este foi o artista emblemático francês que privilegiámos na nossa colecção internacional dedicada à cerâmica aerografada, como contraponto à produção germânica que tende a investir em soluções mais vanguardistas como temos vindo a mostrar e escrever. São duas vertentes que nos ajudam a situar a produção portuguesa aerografada no contexto europeu da época. Por isso o elegemos para comemorar o segundo aniversário do blogue. É verdade que podíamos ter escolhido outra peça mais sofisticada deste criador polifacetado, mas um singelo prato de servir à mesa pareceu-nos adequado.


Decorada com base na pintura a aerógrafo aplicada sobre estampilha, esta produção rápida e barata, utilitária e funcional é, simultaneamente, bonita, moderna e, quantas vezes mesmo, refinada. Encontrou consumidores em todas as classes sociais e hoje é alvo de uma legião de admiradores, onde nos incluímos, que se fascinam pela simplicidade aparente da sua execução. Na verdade a técnica é muito simples, depois é só uma questão de mestria na aplicação da cor com o aerógrafo.


Trata-se de um prato art déco, de sopa, de um serviço de mesa, de faiança moldada, com decoração estampilhada e aerografada policroma. O covo é totalmente preenchido por composição estilizada com motivo de galo alaranjado, com apontamento de penas a vermelho-acastanhado, cor também da crista, bico e carúncula. O galináceo está empoleirado num ramo de videira com folhas, gaivinhas e cacho-de-uvas, a azul com apontamentos a castanho nas primeiras. A aba é decorada por duas faixas, com lista central ondeada alaranjada (só aparentemente contínua) envolvida por segmentos curvos a azul - uma junto ao início do covo, outra mais perto do bordo. No fundo da base, carimbo verde K & G - Lunéville France sobrepujado por cartela curva com «Le coq d'or». Inscrito na pasta 6 (?).
Data: c. 1925 - 30
Dimensões: Ø 24 cm


Prato idêntico figurou na exposição – Julho e Agosto de 2011 - dedicada a a Géo Condé, organizada por Bertrand Schuhmacher, em Magnières, com peças provenientes de coleccionadores, por ocasião do centésimo vigésimo aniversário do nascimento do artista.