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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Prato de cozinha art déco - Lufapo – Massarelos


Prato de cozinha, de faiança moldada de formato circular com aba larga e lisa. Decoração central, no covo, policroma, a azul, verde e ocre, estampilhada e aerografada em esfumado, estilizada dentro da gramática art déco, com motivo de galo cantando à alvorada. Bordo aerografado a verde esfumado. No fundo da base, carimbo preto Lufapo – Massarelos - Portugal.
Data: c. 1955
Dimensões: Ø 40 cm


A mesma temática com galo e técnicas de decoração do prato Lunéville apresentado anteriormente, embora neste, de grandes dimensões, as cores nos apareçam em esfumado, mais na tradição alemã, que com cores planas bem definidas como na produção francesa.


Prato tardio dentro da produção art déco nacional, embora utilizando uma estampilha que será, muito provavelmente, dos anos 30, aqui aplicada fora do contexto estético que lhe deu origem.
Integrada na Lufapo em 1952, a Massarelos encerrou em 1980 como já escrevemos.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Prato art déco “Le Coq D’Or” - Lunéville K et G - França


Começa a ser tradição não termos possibilidade de postar no dia de aniversário do nosso blogue que ontem devíamos ter celebrado. Contingências da vida e do trabalho …

As soluções simples e decorativas concebidas por Géo Condé (1891-1980), a quem está atribuído este prato, integram-se na renovação da produção cerâmica do pós I Guerra Mundial. O estilo Géo Condé marcou a produção cerâmica das fábricas da região de Lunéville. Este foi o artista emblemático francês que privilegiámos na nossa colecção internacional dedicada à cerâmica aerografada, como contraponto à produção germânica que tende a investir em soluções mais vanguardistas como temos vindo a mostrar e escrever. São duas vertentes que nos ajudam a situar a produção portuguesa aerografada no contexto europeu da época. Por isso o elegemos para comemorar o segundo aniversário do blogue. É verdade que podíamos ter escolhido outra peça mais sofisticada deste criador polifacetado, mas um singelo prato de servir à mesa pareceu-nos adequado.


Decorada com base na pintura a aerógrafo aplicada sobre estampilha, esta produção rápida e barata, utilitária e funcional é, simultaneamente, bonita, moderna e, quantas vezes mesmo, refinada. Encontrou consumidores em todas as classes sociais e hoje é alvo de uma legião de admiradores, onde nos incluímos, que se fascinam pela simplicidade aparente da sua execução. Na verdade a técnica é muito simples, depois é só uma questão de mestria na aplicação da cor com o aerógrafo.


Trata-se de um prato art déco, de sopa, de um serviço de mesa, de faiança moldada, com decoração estampilhada e aerografada policroma. O covo é totalmente preenchido por composição estilizada com motivo de galo alaranjado, com apontamento de penas a vermelho-acastanhado, cor também da crista, bico e carúncula. O galináceo está empoleirado num ramo de videira com folhas, gaivinhas e cacho-de-uvas, a azul com apontamentos a castanho nas primeiras. A aba é decorada por duas faixas, com lista central ondeada alaranjada (só aparentemente contínua) envolvida por segmentos curvos a azul - uma junto ao início do covo, outra mais perto do bordo. No fundo da base, carimbo verde K & G - Lunéville France sobrepujado por cartela curva com «Le coq d'or». Inscrito na pasta 6 (?).
Data: c. 1925 - 30
Dimensões: Ø 24 cm


Prato idêntico figurou na exposição – Julho e Agosto de 2011 - dedicada a a Géo Condé, organizada por Bertrand Schuhmacher, em Magnières, com peças provenientes de coleccionadores, por ocasião do centésimo vigésimo aniversário do nascimento do artista.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Jarra “Espigas” da Vista Alegre



Exemplar idêntico ao que hoje apresentamos já foi publicado no blogue Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém (MAFLS) (http://mfls.blogs.sapo.pt/72873.html) de que nos continuamos a socorrer. Mas como não é  peça única, será natural a repetição nas diversas colecções.
Trata-se de uma jarra de porcelana moldada da produção da fábrica Vista Alegre, em forma de balaústre, com decoração policroma, pintada à mão, de cor base violeta claro, sobre a qual espigas, a ouro, com os grãos em relevo, em fundo amarelo, formam arcos quebrados onde se projecta a sua sombra num violeta mais carregado, dando profundidade. Gargalo realçado por bandas nas três cores. Na estilização das espigas, ao gosto art déco, não será alheia uma certa influência do neo-egípcio tão em voga à época.
Segundo o referido blogue, trata-se do formato 1401, “tendo a sua decoração (P. 1090) sido aprovada pelo director artístico da VA, J. Cazaux (datas desconhecidas), em 17 de Dezembro de 1930.”
Na base, carimbo preto V. A. – Portugal, e, inscrito manualmente na pasta 8-5.
Data: c. 1930
Dimensões: alt. 25 cm

Mais uma vez encontramos paralelo na produção estrangeira, caso da jarra de vidro moldado, da Etling - France, com 32 cm de altura. que nos apresenta as mesmas espigas mas relevadas.


 Uma jarra idêntica foi utilizada para ilustrar o convite para a exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period – A Cerâmica Portuguesa no Período Art Déco, organizada na John Cotton Dana Library da Rutgers University – Newark - que decorreu entre 24 de Fevereiro e 29 de Abril de 2005 - pelo leitor português e comissário da exposição, o professor António Joel, e que pretendeu ilustrar a produção art déco nacional, entre 1922 e 1947, expondo 180 peças de faiança e porcelana de 18 fábricas. (http://www.newark.rutgers.edu/oc/pubs/connections/pdf/winter2005.pdf). É uma pena não ter sido publicado catálogo desta exposição mas encontram mais dados sobre ela no blogue em questão (http://mfls.blogs.sapo.pt/31762.html).


Não se trata de caso único de peças de vidro darem origem a peças de cerâmica, ou o seu inverso. Na Vista Alegre conhecemos mais este exemplo, que não possuímos, um velador em forma de galo, de c. 1930 (alt. 20,1 cm x larg. 17,4 cm), da colecção Pádua Ramos, muito próximo de um galo de vidro opalino, moldado, Sabino – France, datado de c. 1925 (alt. 19,5 cm x larg. 17 cm), retirado da net: