Reedição do urso anteriormente apresentado de inícios da década de 80 do século passado. Na última fase de produção da Fábrica de Loiça
de Sacavém foi reproduzida toda uma série de modelos de animais art déco, embora com outro tipo de
pasta, aproveitando a revalorização de um estilo que então por cá se
redescobria.
Este exemplar apresenta uma cor cinza, igualmente craquelé, mas mate, sendo mais baixo em cerca de 1 cm que o
referido exemplo. Na base, em
relevo na pasta, 206.
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domingo, 12 de fevereiro de 2012
Urso Polar art déco (reedição) – Sacavém
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Urso
Urso Polar art déco – Sacavém
Peça de faiança moldada em forma de urso polar
estilizado ao gosto art déco, vidrado
marfim, craquelé, com lustre. Num dos lados,
preenchendo o intervalo entre as patas, um reticulado irregular, sugerindo gelo,
numa simplificação do modelo original inglês. Na base, carimbos castanhos Gilman & Ctª –
Sacavém - Portugal; e Made in Portugal inscrito numa oval.
Data: c.
1940 Dimensões: comp. c. 29 cm x alt. c. 15,5 cm
Esta escultura animalística aparece referenciada como
«Figura Urso» com o número 206 na tabela de preços da Fábrica de Loiça de
Sacavém, e terá sido produzida até à década de 50.
Estamos mais uma vez, tal como aconteceu com o
bisonte já apresentado, perante uma adaptação portuguesa de uma forma
importada. O modelo original foi criado pelo escultor norueguês Erling B. Olsen
(1903-1992), em c. 1936, para a fábrica inglesa Spode Copeland, em Stoke-on-Trent,
Staffordshire.
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Escultura “dançarina com urso” - Katzhütte – Turíngia
Peça de porcelana moldada e
relevada, branca com apontamento policromos e a ouro. Representa uma dançarina
nua com lenço colorido que cai descobrindo parcialmente as coxas, sentada no
dorso de um urso amestrado. O penteado é elaborado e coberto de adereços. Numa
das mãos segura uma pandeireta. O urso desce de um plinto decorado com
pormenores a ouro. Escultura de teor erótico, onde é evidente a brincadeira
maliciosa da bailarina que, provocante, acaricia a orelha do animal com o dedo
do pé. Na base, carimbo azul com Katzhütte
sobrepujando o símbolo da fábrica e Thuringia, marca utilizada entre 1914 e 1945. Dois traços paralelos (ou 11?),
pintados à mão, a encarnado. Inscrito na pasta 43.
Data: c. 1920Dimensões: alt. c. 23 cm
As temáticas eróticas foram uma constante na arte.
Contudo, será a sensibilidade burguesa do século XIX, um tanto mórbida, que vai
desencadear um novo apetite por este tipo de representação. Longe dos olhares
femininos da família, o bom burguês formava, muitas vezes, as suas colecções
“secretas”, que as esposas e filhas, oficialmente desconheciam. Aliás, a
propósito de coleccionismo, seja ele de que temática for, recebemos um
comentário muito pertinente de uma bloguer nossa seguidora, que referia ser o
coleccionismo mais frequente entre os elementos do sexo masculino e questionava
se não seria um atavismo da nossa ancestralidade de caçadores. Aqui está uma
boa questão para reflectir.
A temática erótica da mulher e
do animal é recorrente nas duas primeiras décadas do século XX, sobretudo, na
Europa Central, prolongando um gosto oitocentista que a sensibilidade alemã faz,
muitas vezes, roçar o brejeiro, se não mesmo o kinky. Estes temas, amplamente coleccionados no Ocidente, chegaram,
obviamente, a Portugal. Foi o caso de uma peça idêntica à que apresentamos, que
em 1931, se não estamos em erro, aparece representada numa composição
fotográfica, levada a concurso nacional, com um panejamento, em fundo, vincadamente art déco. Vimos a peça e a fotografia
respectiva à venda num antiquário da nossa praça há alguns anos.
A Porzellanfabrik Hertwig &
Cº, conhecida popularmente por Katzhütte,
fundada por Christoph Hertwig e Benjamin Beyermann, em 1864, começa a
produzir no ano seguinte. Em 1869, Benjamin Beyermann abandona a sociedade e
Hertwig integra os filhos Karl e Friedrich na gerência. Produz cerâmica
decorativa, sobretudo estatuetas, de faiança e só a partir de 1900 começa a
fabricar figuras de porcelana. Tendo sobrevivido incólume à II Guerra Mundial,
foi nacionalizada em 1958 pelas autoridades da República Democrática Alemã.
Encerrou definitivamente em 1990.
Não resistimos a contar o sucedido com o seu arquivo
histórico. Reencontrado intacto na própria fábrica em 1980, com todos os
modelos produzidos, foi saqueado pelas autoridades para venda no estrangeiro
(Berlim Ocidental e Londres) com o fim de adquirir divisas. Hoje encontra-se
disperso anonimamente por colecções privadas. Não é só por cá que se cometem
atrocidades lesa património.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Urso polar de Lejan – Vista Alegre
Escultura de porcelana moldada e relevada representando um urso polar estilizado ao gosto art déco, vidrada a branco. Na base, marca nº 31 (1924-1947): carimbo verde V.A.. Portugal. Na parte de trás da pata posterior esquerda, inscrito na pasta, LEJAN.
Data: 1928Dimensões: comp. c. 33 cm x alt. c. 17 cm
É notória a influência da escultura do urso polar, datada de 1922, do escultor francês François Pompon (1855-1933), que irá servir de referencial a tantos outros escultores animalistas no período de entre-guerras. Molde importado de França, mais um da autoria de Lejan, que a Vista Alegre editava. Um modelo distinto, mas similar deste autor, diferente apenas na posição das patas, em faiança branca craquelé e com soco, da marca “Orchies”, era vendido pela Manufrance em 1934.
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