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domingo, 9 de setembro de 2012

Jarra art déco com flores, Dage - França


Mais uma jarra art déco, bulbiforme, de Louis-Auguste Dage (1873 – 1963), de faiança moldada. Trata-se do mesmo modelo anteriormente apresentado, ora coberto por espessos esmaltes policromos, maioritariamente a mate. Apresenta dois motivos decorativos distintos e intercalados formando quatro faces. O motivo principal, que se repete em duas partes do bojo, onde ocupa o centro e parte superior, é composto por uma composição floral sobre o fundo branco em reserva, com três flores estilizadas, em diferentes tons de castanho e creme, únicos apontamentos a esmalte brilhante, e folhagem a preto e verde, mate. Este motivo surge enquadrado e recortado por faixas ziguezagueantes, formadas por linhas quebradas em três tons de cinzento azulado e o branco em reserva. Duas destas faixas, partem na diagonal da base para o bocal, e as outras duas, na diagonal oposta, morrem sob as primeiras, e que, de permeio emolduram o preto que preenche as outras duas faces inferiores do bojo. Gargalo, de desenho recortado irregularmente, e rebordo do bocal, são a preto. O interior deste é colorido por escorrências a verde que se vão diluindo no tom creme de fundo. Junto à base, pintado à mão, L DAGE. Fundo da base, sem qualquer marca, a verde e com as marcas bem visíveis da trempe.
Data: c.1925 - 30
Dimensões: alt: 15,5 cm x diam: 18 cm



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Jarra art déco de cor azul-egípcio, Dage - França


Jarra bulbiforme de faiança moldada coberta por um espesso esmalte azul egípcio mate e poroso finamente craquelé, que escorreu livremente pela superfície da peça e se acumulou irregularmente na base sublinhando a ideia de espessura. O bocal, a esmalte preto igualmente mate com um toque metálico, funciona como contraponto e realça a superfície azul da peça, muito ao gosto art déco da época. São visíveis, no bocal, as marcas da trempe. Na base, pintado à mão a preto a assinatura do autor: DAGE
Data: c.1925
Dimensões: alt. 15 cm


Louis-Auguste Dage (1873 – 1963), prolífero ceramista parisiense, nasceu em Antony. O seu trabalho mereceu o reconhecimento nacional tendo recebido o título de “meilleur ouvrier de France” em 1924.

A sua mestria técnica levou outros ceramistas a quererem trabalhar com ele, como, por exemplo, o conhecido escultor animalista Jean de la Fontinelle que com ele colaborou na década de1920. Data desta década e da seguinte a sua produção mais importante.

As peças, maioritariamente cobertas por esmaltes espessos, adornam-se frequentemente com pinturas vegetalistas pintadas de forma muito livre o que lhes confere, assaz vezes, uma inusitada modernidade, como haveremos de ilustrar.

Não é o caso da jarra que hoje apresentamos, que cremos pouco vulgar na obra do ceramista e cuja modernidade é devida sobretudo à mestria técnica da pasta vítrea que a reveste. Forma, cor e textura fazem-nos recuar até ao Egipto antigo, muito em voga à época, sobretudo depois da descoberta do túmulo de Tutankhamon, em 1922. Cor e textura também nos remetem, de certa maneira, para alguns trabalhos de Raoul Lachenal.