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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ampara-livros art déco “Elefante” azul – Sacavém


Elemento de um par de ampara-livros art déco, em versão aerografada, a azul manchado a castanho, criado por Donald Gilbert, idêntico ao par cor-de-laranja postado postado em 7 de Dezembro de 2014. No fundo da base, carimbo verde «Gilman & Cta – Sacavém» e, inscrito na pasta, «Gilbert Sc» [Sculpcit] , e «EL» «52».
Data: c. 1930 - 35
Dimensões: Alt. 15,7 cm x comp. 10 cm x larg. 7,3 cm


A escultura corresponderá à designação «Ampara livros - Elefantes», com o nº 238, que aparece nas tabelas de preços de «Loiças decorativas em faiança» da Fábrica de Loiça de Sacavém, de 1945, a 50$00 o par.



Infelizmente temos apenas um de um par. Se por acaso tiverem um solto e queiram fazer uns colecionadores compulsivos felizes, já sabem: contactem-nos. 


domingo, 7 de dezembro de 2014

Ampara-livros art déco “Elefante” - Sacavém


Par de ampara-livros art déco, de faiança moldada, em forma de elefante emergindo da floresta e jorrando água pela tromba, vidrado a cor-de-laranja forte (uralite). Lateralmente no soco, inscrito na pasta, Gilbert Sc [Sculpcit]. No fundo da base carimbo oval «Made in Portugal» a castanho (?). Inscrito na pasta «SACAVEM» «HI 52», num deles acrescido de «X».
Data: c. 1930 - 35
Dimensões: Alt. 15,4 cm x comp. 10 cm x larg. 7 cm


O animal, um jovem, jovial e um tanto irónico elefante indiano, emerge parcialmente do meio da folhagem estilizada de uma selva pantanosa que se intui, claramente divertido com a água que faz jorrar da tromba.


Trata-se de mais um ampara-livros de temática animalística do escultor inglês Donald Gilbert (1901-1961) produzido, à semelhança das demais esculturas que temos vindo a apresentar deste artista, para a Fábrica de Loiça de Sacavém (FLS). Não conhecemos nenhum dos seus modelos feitos nesta fábrica a ser produzido no Reino Unido. 

O facto de ser sobrinho de Herbert Gilbert (1878 -1962), que entrara como sócio da FLS em 1921 e que foi “o grande impulsionador (…) nos anos 30 e nos difíceis anos da Segunda Guerra Mundial” (v. MAFLS), estará na origem destas encomendas de grande qualidade plástica.


A cor monocroma laranja vivo foi aplicada a aerógrafo. Haveremos de postar outras variantes cromáticas. Entretanto podem ver uma versão em castanho também em MAFLS.

Tanto pelo tema como pela gramática estilizada, este ampara-livros remete-nos, estamos em crer, para o exótico que a Exposição Colonial de Paris de 1931 reforçou nas representações art déco produzidas nessa década.


domingo, 30 de junho de 2013

Macaco art déco branco (reedição), de Gilbert – Sacavém



Exemplo de reedição, em inícios da década de 1980, do modelo de macaco anteriormente apresentado que Donald Gilbert criou nos anos 30 do século passado, e que mede c. 22 cm de altura.A Fábrica de Loiça de Sacavém atravessava então um grave período de crise que levaria ao seu encerramento poucos anos depois. Era à data seu proprietário e administrador Clive Gilbert.


Veja-se outros exemplos com outras cores em MAFLS (aqui e aqui) e no catálogo da exposição realizada no Museu de Cerâmica de Sacavém, de Março a Novembro de 2006, 150 anos, 150 peças: Fábrica de Loiça de Sacavém. Loures: Câmara Municipal Loures, 2006, pág. 250-251. Neste último é referido que o material utilizado foi pasta de loiça sanitária e não a faiança com vidrado transparente brilhante tradicionalmente utilizada nos exemplares mais antigos.

O vidrado mate, no caso de cor branca, não cobre o fundo da base que não apresenta qualquer marca como é geralmente habitual nestas reedições que reproduziram todo um bestiário art déco produzido por Sacavém. E, tal como já tivemos oportunidade de referir a propósito de outros animais, apresentam tamanhos mais pequenos.


sábado, 29 de junho de 2013

Macaco art déco castanho, de Gilbert – Sacavém


Peça escultórica art déco de faiança moldada representando um macaco, de cor castanho-claro aplicado a aerógrafo, sobre base, castanha quase preta, pintada à mão
O animal está sentado com as mãos agarrando o rebordo da base e cabeça virada para a direita . A cauda, no sentido oposto, dobra o rebordo e contorna parcialmente a base. Na parte detrás, inscrito na lateral da base Gilbert Sc[ulpcit]. No fundo da base, carimbos a verde Gilman & Ctª – Sacavém - Portugal e Made in Portugal inserido numa oval. Inscrito na pasta, carimbo Sacavém, AM 52.
Data: c. 1930-35
Dimensões: Alt. c. 24 cm


Mais uma peça do escultor inglês Donald Gilbert. Aliás este modelo já aqui foi apresentado a propósito de um determinado tratamento pictórico dado a um elefante cinzento que apresentámos em 27 de Março de 2012, embora o exemplar então mostrado não integrasse as nossas colecções. 
 


Lembrámo-nos desta peça a propósito de um post colocado por MAFLS, com fotografia datável de cerca de 1935-40 que igualmente ilustramos e que nos foi gentilmente cedida pelo Museu de Cerâmica de Sacavém - Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso (MCS-CDMJA). A imagem mostra um interior, talvez da loja da Fábrica de Loiça de Sacavém na Avenida da Liberdade, em edifício de gaveto com a Travessa da Glória, demolido há cerca de duas décadas. Sobre uma chaminé de sala podemos ver exposto este modelo de macaco, e no lado oposto, sobre um móvel, um castiçal de três lumes, em forma de patos, que já aqui ilustrámos, em 6 de Abril de 2012, e que agora aproveitamos também para relembrar com fotografia igualmente cedida pelo referido MCS-CDMJA. 


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Placa art déco: Héracles e o Leão de Némea - Sacavém



Mais uma das placas que compõem a série “Os 12 Trabalhos de Héracles”, no caso “Héracles e o Leão de Némea”. Placa quadrada, de cerâmica moldada, simulando bronze, de verdete manchado, tendo os contornos angulosos das figuras a bronze dourado como se houvesse desgaste no metal. Representa um nu masculino lutando com um leão apostos sobre três quadrados concêntricos em degraus, dentro de uma gramática art déco. Junto à pata inferior do leão, inscrito na pasta, G. No tardoz, inscrito na pasta, à mão, APAR e Nº 3.
Data: c. 1935-45
Dimensões: Alt. 28,5 cm x larg. 28,5 cm x espessura 0,9 cm


Ao contrário da placa anteriormente apresentada, não só o trabalho dos esmaltes é nesta peça muito superior, sendo perfeita a ilusão que se trata de uma placa de bronze, como a forma representa um quadrado regular, ligeiramente menos espesso. Estamos em crer que será de uma fornada mais antiga que a primeira, dada a qualidade geral da mesma: nitidez de composição, tipo de esmaltes, para além de se encontrar marcada no tardoz e, à frente, portar a inicial do seu autor, o G indiciando Donald Gilbert como seu presumível escultor. A opção pela simples inicial do nome, por oposição ao «Gilbert Sc» com que costumava assinar as suas criações, foi certamente deliberada face a uma excessiva presença numa superfície quase plana.


Filho do mortal Anfitrião e de Alcmena, Héracles é, na verdade, filho de Zeus, e daí a ira da mulher deste, Hera, contra o herói, pelo que terá engendrado os Doze trabalhos. Mais uma vez sem entrar em grandes detalhes sobre o mito, que também tem diversas variantes, o leão de Némea é um monstro irmão de outra conhecida monstruosidade, a célebre Esfinge de Tebas. Filho de Ortro e Equidna, terá sido uma criação de Hera que o colocou na região de Némea onde devorava habitantes e gado. Héracles ficou hospedado em casa de um humilde agricultor, Molorco, a quem o leão tinha devorado o filho. Em jeito de homenagem ao ilustre hóspede, Molorco quis matar o único carneiro que lhe restava. Contudo, Héracles pediu-lhe que o mantivesse durante 30 dias, findos os quais, se não regressasse da caçada ao leão, o deveria sacrificar em sua memória.
O leão era invulnerável e vivia numa caverna com duas aberturas. Fracassada que foi a tentativa de matar o leão com arco e flechas, pois nem o ferro nem o fogo afectavam a sua pele, Héracles com o auxílio de uma clava obrigou-o a entrar na gruta. Encerrou uma das aberturas e com os braços estrangulou-o. Só com o auxílio das próprias garras do leão, conseguiu esfolá-lo devidamente passando o herói a utilizar a pele como manto.
Como no trigésimo dia Héracles não regressasse, Molorco tomou-o como morto e preparava-se para honrar o seu compromisso quando lhe surge o herói vestido com a pele da besta. O carneiro foi, então, sacrificado a Zeus Salvador, e no local do sacrifício Héracles decretou a criação dos Jogos Nemeus em honra de seu pai. Depois levou os despojos do leão até Micenas e seu primo Euristeu, espantado e assustado com tal proeza, proibiu-o de entrar na cidade, ordenando-lhe que, a partir daí, deixasse os seus futuros despojos às portas da cidade. Zeus incluiu o leão entre as constelações a fim de perpetuar o feito do filho.

As Maçãs de Ouro das Hespérides; Os Bois de Gérion; O cinto da Rainha Hipólita; O Touro de Creta.