Jarra bulbiforme de faiança moldada coberta por um espesso esmalte azul
egípcio mate e poroso finamente craquelé,
que escorreu livremente pela superfície da peça e se acumulou irregularmente
na base sublinhando a ideia de espessura. O bocal, a esmalte preto igualmente
mate com um toque metálico, funciona como contraponto e realça a superfície
azul da peça, muito ao gosto art déco
da época. São visíveis, no
bocal, as marcas da trempe. Na base, pintado à mão a preto a assinatura do
autor: DAGE
Data: c.1925Dimensões: alt. 15 cm
Louis-Auguste Dage (1873 – 1963), prolífero ceramista parisiense, nasceu em Antony. O seu trabalho mereceu o reconhecimento nacional tendo recebido o título de “meilleur ouvrier de France” em 1924.
A sua mestria técnica levou outros ceramistas a quererem trabalhar com ele, como, por exemplo, o conhecido escultor animalista Jean de la Fontinelle que com ele colaborou na década de1920. Data desta década e da seguinte a sua produção mais importante.
As peças, maioritariamente cobertas por esmaltes espessos, adornam-se frequentemente com pinturas vegetalistas pintadas de forma muito livre o que lhes confere, assaz vezes, uma inusitada modernidade, como haveremos de ilustrar.
Não
é o caso da jarra que hoje apresentamos, que cremos pouco vulgar na obra do
ceramista e cuja modernidade é devida sobretudo à mestria técnica da pasta
vítrea que a reveste. Forma, cor e textura fazem-nos recuar até ao Egipto antigo,
muito em voga à época, sobretudo depois da descoberta do túmulo de Tutankhamon,
em 1922. Cor e textura também nos remetem, de certa maneira, para alguns
trabalhos de Raoul Lachenal.
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