Grupo escultórico art déco
de porcelana moldada de cor branca com realces a ouro, representando uma jovem
mulher nua cavalgando antílope. Inscrito no plinto a assinatura do autor M.
Herm. Fritz [Max Hermann Fritz]. No fundo da base,
estampado a verde:«Hutschenreuther», «Selb Bavaria»;
«Abteilung für Kunst», e
a ouro, pintado à mão, o nº 55.
Data: 1927
(marca 1920-1938)Dimensões: Alt. 25 cm x comp. c. 30 cm
Interrompendo um longo período em que não postámos peças
decorativas escultóricas, apresentamos hoje mais um exemplar da nossa pequena
colecção da fábrica de porcelanas Hutschenreuther. Trata-se de dois motivos
recorrentes do Art Déco: o antílope
em movimento, e a mulher nua enquanto símbolo de modernidade e de libertação do
corpo feminino. Neste caso, a jovem mulher, de cabelo curto à moda de então, controla
com segurança a força bruta do animal captado em pleno salto.
Embora naturalistas, há uma subtil simplificação das formas que
contrasta com a abstração dos elementos vegetalistas que suportam o conjunto criado,
em 1927, por Max Hermann Fritz. As arestas
da vegetação, realçadas a ouro, acentuam os elementos abstractizantes,
maioritariamente de linhas quebradas, enfatizando o movimento da corrida, numa
indirecta filiação futurista.
Produzido até 1946, o modelo aparece
referenciado com o nº 0609/1 na página 9 do catálogo da fábrica do primeiro ano
da sua criação.
Max Hermann Daniel
Fritz (1873-1948) foi aluno de Lorenz Hutschenreuther
e escultor de raiz autodidacta com algum mérito. Concebeu também peças
escultóricas para as manufacturas de porcelana de Fraureuth, Hutschenreuther
e Rosenthal. Foi seu tema de eleição a animalística, em
especial os ursos, por vezes complementada por figuras femininas, como é o
caso, ou por putti que também surgem
isolados.
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