Par de ampara-livros de cerâmica moldada, dentro da
gramática art déco, em forma de veados
a saltar, castanho-escuro, cujos corpos são sustentados por herbáceas
estilizadas, a branco, que despontam sobre o perfil de terreno ondulado, a
vermelho, que forma o soco. Na base, carimbo
estampado, verde, da unidade de Lisboa: escudo coroado Lusitânia, com Cruz de
Cristo enquadrada pelas iniciais C F C L [Companhia das Fábricas de Cerâmica
Lusitânia] sobrepujando Portugal.
Data: c.
1930 - 40Dimensões: alt. 12,5 cm x comp. 9,7 cm x larg. 4 cm
Já aqui apresentámos uma corça saltando da Fábrica
de Loiça de Sacavém, agora é a vez de mostrar mais um exemplo de escultura
animal em movimento, no caso dois veados saltando, que na sua função de ampara-livros, se desenham simetricamente afrontados, da unidade fabril de Lisboa da
Lusitânia. A utilização da temática animalística e/ou vegetalista estilizada,
por vezes fortemente geometrizada e mesmo mecanizada, revelou-se uma tendência
recorrente da apropriação da natureza no estilo art déco.
São pouco frequentes exemplos de escultura
animalista, particularmente em movimento, na Art Déco em Portugal. No entanto, como se tem vindo a mostrar (e
continuaremos a fazê-lo) eles existem.
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