Peça de porcelana moldada e vidrada a branco, representando
uma cena galante à maneira setecentista com as figuras –
uma dama e um gentil-homem - estilizadas ao gosto art déco. Toda a frente da peça é dominada pela figura feminina
cuja grande saia se estende de lado a lado. A figura masculina aparece por
detrás beijando a mão da dama que, tímida, esconde a cara com um leque que encima
o eixo da composição. Lateralmente, dois arbustos geometrizados, onde se
colocam as lâmpadas, enquadram a cena. É de notar a presença de pequenos orifícios que permitem a saída do ar quente. Na base, carimbo verde Limoges – France. Lateralmente no soco assinado
G. Beauvais inscrito na pasta.
Data: c. 1925-30Dimensões:
Gabriel Beauvais nasceu em Paris. Desconhecemos
datas de nascimento e morte. Sabemos que expôs em todos os Grands Salons parisienses, tendo-se estreado no de Outono onde
começou a expor a partir de 1909. Na célebre Exposição de 1925 participa no
pavilhão das fundições Goldscheider. Mais conhecido pelas suas obras de faiança editadas
pelas Editions Kaza, fez também objectos
editados em porcelana, como é o caso deste velador de Limoges que adquirimos
em 2006.
No período de Entre Guerras, em algumas nações
europeias, caso da França e da Alemanha, a título de exemplo, parece ter havido
objectos que diríamos quase fetichistas, dada a abundância de modelos e
decorações criados. Se para os alemães terão sido as caixas, para os franceses as
veilleuses (veladores) foram os
objectos de eleição. Haveremos de publicar uma amostragem de uns e de outros.
O velador, tal como o nome indica, é uma luz de
presença que mantém a tradição da vela, lamparina ou candeeiro anteriores que
iluminavam a casa durante a noite, cortando apaziguadoramente a escuridão
reinante, ou dotando-a de uma atmosfera sensual. Alguns acumulavam a função de
perfumadores. Este não se encontra, actualmente, electrificado.