Jarra de faiança moldada, em forma de balaústre bojudo com gargalo curto evasé e pé em meia-cana. Bojo decorado com composição floral pintada à mão em tons de castanho. A parte superior do bojo, de fundo castanho no prolongamento do estrangulamento do gargalo, é cintada por grandes flores, de duas espécies, intercaladas, que pendem com demais folhagem sobre o branco marfim do fundo. Pé uniformemente a castanho, tal como o gargalo. Interior branco. No fundo da base, pintado à mão, a castanho, «Lusitânia Coimbra».
Data: c.
1930-40
Dimensões: Alt.34,5cm
Não
se pode dizer que tenhamos adquirido esta peça porque gostámos dela. Pelo
contrário, não gostamos. Todavia, achámos curioso o facto de ter a mesma
decoração da jarra quadrilobada que postámos em 7 de Janeiro de 2013 e que
muito apreciamos. Esta jarra de flores castanhas é estranhamente grosseira e
pesada, por contraponto à elegância da azul. Talvez pela dimensão, pela forma,
pelo horror ao vazio e mesmo pela cor, ou tudo junto. Se na outra versão a
composição respira, nesta tudo abafa, mesmo que se esvaia em direção à base.
Mas
colecionar de uma maneira que diríamos científica – porque busca congéneres,
relações, modelos, referências… - requer alguns sacrifícios à bolsa e ao olhar.
Está escondida, mas se, porventura, nos libertássemos do parti pris e experimentássemos expô-la, até poderia ser que
resultasse bem sem outra ornamentação nas proximidades, recortando-se no branco
de uma parede. Talvez um dia...
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