Jarra de faiança moldada de forma ovoide com decoração estilizada, tricolor, a creme, amarelo-torrado e preto, estampilhada com apontamentos à mão. Um conjunto, que se repete duas vezes num contínuo que envolve o bojo, de três cisnes brancos (cremes com apontamentos a castanho nas penas e bico), voa sobre mar estilizado às listas e nuvens pretas que se recortam num céu amarelo-torrado. No fundo da base, carimbo preto Aleluia-Aveiro, sobrepujando «Fabricado Portugal» inscrito num rectângulo e «E» (?) pintado à mão a preto. Carimbos a preto «Made in Portugal» e «Hand Painted». Pintado à mão, a preto, «17-I»
Data: c.
1935 - 45
Dimensões: Alt. 18 cm
Nesta composição, os cisnes voam num céu dourado de
um entardecer ou de um alvorecer pejado de nuvens pesadas. Partem ou regressam
ao local onde pernoitam em bando, por oposição à solidão do par de cisnes
presente na jarra da Royal Copenhagen anteriormente postada, mas cuja filiação
não deixa de ser evidente.
Não há qualquer simbolismo associado a esta
composição graficamente estilizada, antes uma mera composição decorativa, de
cores planas, apesar dos apontamentos das penas, que se integra numa estética
Art Déco comum na produção da fábrica Aleluia-Aveiro. A jarra figura ilustrada na
terceira página do Catálogo de
loiças decorativas dos anos 40, que se reproduz, como sendo o modelo nº
17-I.
O cisne não faz parte da fauna lacustre associada à
Ria de Aveiro. Em países do sul é utilizado como ave ornamental, dando exotismo
e sofisticação a lagos de jardins em contexto urbano.
Outrora abundantes nos lagos de jardins lisboetas, os
cisnes foram hoje infelizmente substituídos por patos-mudos de capoeira em
quase todo o lado.
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