Jarra de faiança
moldada, piriforme com bocal cortado na oblíqua. Lateralmente foram-lhe
aplicadas, na vertical e inclinadas em sentidos opostos, duas fitas salientes,
a verde com rebordo preto, que, vindas da base sobem, abrindo ligeiramente,
acima do bocal. O bojo, de cor branca, é seccionado por uma quadrícula distorcida
delineada a preto, que, a um ritmo irregular e abstracto, é preenchida com
cores lisas, caso do encarnado e do amarelo ou formando bola a verde. Os amarelos
e alguns brancos receberam decoração gráfica, a preto, com motivos de espirais
ou de linhas paralelas, na vertical ou na horizontal. Interior a preto. No
fundo da base, carimbos a castanho Aleluia-Aveiro e Fabricado Portugal,
inscrito num rectângulo, e, pintado à mão, a preto, 699-A.
Data:
c. 1955
Dimensões: alt. 27, 5 cmEm princípio, e mais uma vez, estamos perante o primeiro exemplar de uma série – 699 número da forma e a letra A da decoração. Esta remete para um universo abstracto, paradoxalmente com ressonâncias de um neoplasticismo revisitado e organicizado, se assim se pode dizer. Recupera também grafismos que remontam às primeiras manifestações artísticas da humanidade, caso das espirais e traços paralelos. Para além da forma, também a combinação pictórica dá à jarra um dinamismo muito particular dentro das freeforms.
Tanto quanto conhecemos, na nossa opinião, trata-se de uma das melhores criações da fábrica Aleluia-Aveiro. Até agora não encontrámos paralelo em produções estrangeiras.
Sem comentários:
Enviar um comentário