Jarra de cerâmica moldada, trilobada e lotiforme, decorada
a aerógrafo, creme a parte superior e a cor-de-laranja a parte inferior
incluindo o pé oval saliente. Uma lista a manganês separa as duas cores. Bocal
igualmente a manganês. De permeio duas linhas a manganês e uma a amarelo cintam
a parte superior do bojo. No
fundo da base, carimbo estampado,
verde, da unidade de Lisboa: escudo coroado Lusitânia, com Cruz de Cristo
enquadrada pelas iniciais C F C L [Companhia das Fábricas de Cerâmica
Lusitânia] sobrepujando Portugal.
Data: c. 1930
Dimensões: alt. 23 cm x larg. máx. 19
cm
Já aqui tivemos oportunidade de postar outras jarras
deste mesmo modelo, nas três dimensões que conhecemos. A de maiores dimensões (29
cm) da Lusitânia-Lisboa, em 7 Fevereiro de 2015, e a mais pequena (15,5 cm) da
unidade de Coimbra, em 8 de Fevereiro de 2015, apresentavam o mesmo tipo de
decoração com escorridos aplicados a aerógrafo. A de tamanho médio (23 cm),
também de Coimbra, em 7 Janeiro 2013, com uma variante decorativa vegetalista.
A jarra de hoje é da dimensão desta última, mas da
unidade de Lisboa, e retoma a técnica pictórica das duas primeiras, de
influência alemã, sobretudo da fábrica Carstens-Uffrecht, como então escrevemos. Os escorridos estão presentes, ainda que
mais elaborados e controlados, desenhando faixas e linhas paralelas que se
moldam à forma.
Sempre que possível
adquirimos mais de um exemplar da mesma forma com decorações diferentes. Isso
permite-nos apreender as virtualidades decorativas que uma forma adquire ao
transformar-se num objecto distinto. É um modo de sistematização que nos agrada
enquanto colecionadores de cerâmica. Na ausência de um design português
para este período conseguimos, deste modo, vislumbrar o que à cópia importada
se acrescenta, ou não, de “nacional”.
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