Jarra art déco
piriforme de cor azul forte com composição vegetalista estampilhada (?) e
apontamentos à mão. O bojo é decorado, numa única face, por uma composição de flores estilizadas, circulares, delineadas
a preto, com corolas a branco e esfumado cinza e centro a amarelo. Folhagem a
preto. Uma das flores repetete-se, em curva, ad infinitum, gerando uma falsa perpectiva. Junto ao bocal anel preto. No fundo da base,
carimbo verde V. A. Portugal - Marca nº 31 (1924-1947) e x igualmente carimbado
a verde. Inscrito na pasta, à mão, 6-5.
Data: c.
1930
Dimensões: Alt. 14 cm
No contexto da produção nacional, esta composição
floral parece-nos inusitada, tanto pela estranheza como pela surrealidade do
motivo. No encadeado dos círculos florais ora imaginamos uma coluna vertebral
ora um estranho animal marinho.
Não sendo uma peça que, do ponto de vista plástico,
nos agrade, achamo-la interessante pela singularidade. Como tantas outras que adquirimos
apenas por ilustrarem diversas vertentes das estéticas art déco produzidas no nosso país e destinadas, evidentemente, a clientes
com perfis distintos.
Nada sabemos sobre a sua autoria ou datação exacta, embora lhe encontremos um vago paralelismo com certas composições florais, de finais dos anos 20, concebidas por Eva Zeisel para Schramberg, caso do prato que apresentamos. [Ver «Jarra art déco P. Bastard», post de 20 Agosto 2013]
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