Jarra de faiança moldada e relevada, de cor
monocroma azul-escura e vidrado brilhante, ao gosto art déco. Em forma de balustre, com pé saliente e gargalo evasé, o bojo piriforme é enquadrado lateralmente pela estilização do símbolo
heráldico das Caldas da Rainha, o pelicano. Os pescoços e cabeças das aves formam as asas
pequenas da jarra. Toda a estilização do animal, que alimenta três crias no
ninho, remete para um geometrismo rígido e hierático. As penas assemelham-se a
escamas e lâminas de metal. O ninho cónico, pelo contrário, tem uma estilização mais
orgânica. Do estrangulamento do colo pendem triângulos em relevo, opondo-se dois
de maiores dimensões entre as asas das aves, e quatro mais pequenos ladeando as
suas cabeças. No fundo da base, impresso na pasta, carimbo circular da Fabrica Rafael Bordalo Pinheiro com a característica rã. Igualmente carimbados
e impressos na pasta A L e 5.
Data: c. 1930-40Dimensões: Alt. 33 cm
Estamos em crer que este modelo, tal como três outros anteriormente apresentados, faça parte de uma mesma série criada pela Escola Comercial Rafael Bordalo Pinheiro.
Todavia, esta peça será a mais ligada ao imaginário
e à história locais dado remeter para as armas da cidade, que são constituídas
pelo brasão da rainha D. Leonor, ladeado pelo camaroeiro, seu emblema, e pelo
pelicano, emblema de seu marido o rei D. João II.
As Caldas
da Rainha tiveram origem no hospital termal e povoação fundados pela soberana em 1485. O povoado adquiriu a dignidade de vila
logo em 1511.
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