Azulejo de padrão relevado, de
pó-de-pedra com composição Arte Nova de motivos vegetalistas estilizados.
Trata-se de um modelo produzido pela Fábrica de Loiça de Sacavém, por volta de
1910, mas cuja produção se manteve até, pelo menos, aos inícios dos anos 30. No
tardoz estriado, inscrito na pasta SACAVÉM.
Data: c.
1910 Dimensões: 15,2 cm x 15,2 cm
Curiosamente este azulejo foi comprado na Alemanha
com a indicação de que se tratava de uma réplica de um modelo alemão criado, por volta
de 1900, pela fábrica NSTG, Norddeutsche Steingutfabrik, em Grohn – Vegesack. De
facto, apresenta fortes afinidades com a produção Jugendstil e da referida fábrica, mas não nos foi possível confirmar
a informação. Aliás, a primeira vez que o vimos pensámos em Peter Behrens, como
haveremos de mostrar.
No entanto, e isso para nós é muito
mais interessante, embora de linguagem claramente Arte Nova, este azulejo, como
tantos outros produzidos pela Fábrica de Loiça de Sacavém, sejam eles réplicas
de produções estrangeiras (sobretudo inglesas e alemãs) ou de criação nacional
(haverá alguma), continuaram a ser aplicados até à década de 1930, pelo menos.
Foi o caso deste azulejo que, por sorte, encontrámos aplicado no vestíbulo de
um edifício em Lisboa cuja fachada era de gramática art déco-modernista e todo o interior ainda remetendo para o
fim-de-século. Igualmente interessante é que o revestimento azulejar, que aqui
se mostra, remete para a utilização deste tipo de azulejo de padrão relevado
ser aplicado à maneira alemã, quer em revestimentos parietais quer em
aquecedores por volta de 1900.
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