Hoje apresentamos dois objectos de paixão. Duas jarras de porcelana Arte Nova da fábrica sueca Rörstrand. A primeira que adquirimos foi esta de forma esférica abatida, branca, de bojo decorado com folhas de golfão amarelo, naturalistas, recortadas e aplicadas em relevo, policromas, em tons pastel, ligadas, formando vazios, à argola do bocal. Na base, carimbo verde Rörstrand e gravado na pasta o número da forma: 30273 e um G, atribuído a Johan Georg
Asplund (1873-1920 ou c. 1930) autor do modelo e pintura?.
Data: c. 1900Dimensões: alt
Data: c. 1900
Dimensões: alt 21,5 cm x diâm 9,5 cm
A notoriedade adquirida internacionalmente pela fábrica Rörstand durante o período da sua produção Art Nouveau, entre 1895 e 1915, só teve paralelo com as produções de vidro de Tiffany e Gallé.
No atelier artístico da fábrica, o nacionalismo sueco tomava contornos de Arte. Baseando-se na fauna e flora nativas do seu país, os artistas criam elegantes objectos tridimensionais, de inultrapassável beleza. Capturam as formas orgânicas que a natureza lhes proporcionava numa combinação de pintura, contorno e movimento. Com uma técnica perfeita aliavam a pureza das pastas à mestria da aplicação da pâte-sur-pâte. Muitas jarras viram os seus rebordos esculpidos, em relevo e formas vazadas numa paleta de sombras subtis e tons pastel, caso dos dois exemplares aqui apresentados.
Anna Boberg (1864-1935) foi uma das principais artistas da Rörstrand, sendo dela a famosa jarra “Pavão”, de 1,80 m de altura, que dominou o pavilhão da fábrica na Exposição de Estocolmo de 1897, e, em 1900, na Exposição Universal de Paris, peça que recebeu o Grand Prix. Aliás, o pavilhão sueco em Paris foi da autoria de Ferdinand Boberg, seu marido.
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