Exemplar idêntico ao que hoje apresentamos já foi publicado no blogue Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém (MAFLS) (http://mfls.blogs.sapo.pt/72873.html) de que nos continuamos a socorrer. Mas como não é peça única, será natural a repetição nas diversas colecções.
Trata-se de uma jarra de porcelana moldada da produção da fábrica Vista Alegre, em forma de balaústre, com decoração policroma, pintada à mão, de cor base violeta claro, sobre a qual espigas, a ouro, com os grãos em relevo, em fundo amarelo, formam arcos quebrados onde se projecta a sua sombra num violeta mais carregado, dando profundidade. Gargalo realçado por bandas nas três cores. Na estilização das espigas, ao gosto art déco, não será alheia uma certa influência do neo-egípcio tão em voga à época.
Segundo o referido blogue, trata-se do formato 1401, “tendo a sua decoração (P. 1090) sido aprovada pelo director artístico da VA, J. Cazaux (datas desconhecidas), em 17 de Dezembro de 1930.”
Na base, carimbo preto V. A. – Portugal, e, inscrito manualmente na pasta 8-5.
Data: c. 1930
Dimensões: alt. 25 cm
Mais uma vez encontramos paralelo na produção estrangeira, caso da jarra de vidro moldado, da Etling - France, com 32 cm de altura. que nos apresenta as mesmas espigas mas relevadas.
Não se trata de caso único de peças de vidro darem origem a peças de cerâmica, ou o seu inverso. Na Vista Alegre conhecemos mais este exemplo, que não possuímos, um velador em forma de galo, de c. 1930 (alt. 20,1 cm x larg. 17,4 cm), da colecção Pádua Ramos, muito próximo de um galo de vidro opalino, moldado, Sabino – France, datado de c. 1925 (alt. 19,5 cm x larg. 17 cm), retirado da net:
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