Prato de suspensão circular e lenticular de faiança moldada. Sobre a cor branca recebeu
decoração policroma estampilhada e areografada estilizada ao gosto art déco. Um vendedor de peixe ou pescador
oriental, de chapéu largo e vestes longas, em movimento para a direita, mas com
a face, onde se destacam os bigodes descaídos, voltada no sentido oposto, transporta,
em equilíbrio sobre os ombros, uma vara de
onde pendem peixes. Braços ao longo do corpo segurando um grande peixe
em cada mão. A vara, à qual estão atados os
peixes, opõe-se à curva superior
do prato, enquanto que os pés, calçados
com tamancos encurvados, e parte
inferior do vestuário, curvam para formar uma linha
paralela ao bordo inferior. A composição é contida por moldura circular
formada por filete e fita segmentados a preto e castanho-mel. Este
prato é um exemplo raro em que a assinatura do artista Géo Condé (1891-1980), no
caso o seu monograma «GC», se
integra na decoração, como se um dos padrões
geométricos tivesse fugido da decoração do traje. No fundo da base, carimbos a verde, «K
e G / Lunéville
/ FRANCE» e algo ilegível. Inscrito na pasta, o que
parece ser umas lunetas e «B».
Data: c. 1930
Diâm: 32,2 cm
A personagem
resultará de uma interpretação livre de uma estampa do Extremo-Oriente.
A composição gráfica da figura, minuciosamente
elaborada, implicou a utilização de quatro estampilhas distintas. Apesar de
limitada a quatro cores (azul,
amarelo, castanho-mel e preto) parece ostentar
uma policromia mais diversificada. Tal impressão visual resulta do recorte pormenorizado e também da justaposição repetida das cores.
Parte da presente descrição baseia-se no conteúdo que acompanhava a peça exposta na exposição que o Musée de L’École de Nancy dedicou a Geo Condé (1891-1980), de 18 de Novembro de 1992 a 28 de Fevereiro de 1993.
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