Jarra art déco
de vertente modernista, de
faiança moldada, forma campaniforme e bojo parcialmente canelado com decoração
abstracta aplicada a aerógrafo e apontamentos a preto pintados à mão, sobre o
vidrado. Formas geometrizadas a três cores – azul, cinzento e magenta –, mosqueadas,
intercaladas e interpenetrando-se, pendem do bocal sobre a cor branca de fundo,
com aposição de elementos geometrizados a verde debruados a preto e zona
central branca em reserva. Bocal realçado a preto. Pé em anel aerografado a
azul. Interior a branco. No fundo da
base, pintado à mão a castanho, GAL; 254/44.
Data: c.
1935-37
Dimensões: Alt. 28,3 cm x bocal Ø 23 cm
Peça invulgar no contexto nacional, diríamos mesmo
um pouco agressiva, devido à estranheza e estridência da decoração aleada à
forma pesada de grandes dimensões, é exemplo da arrojada produção da lisboeta GAL,
unidade fabril que, como já foi escrito, teve existência efémera, de 1935 a 1937.
Talvez exactamente porque os modelos que produzia, fortemente influenciados pela
produção germânica de influência Bauhaus, fossem demasiado modernos para o
gosto conservador da sociedade portuguesa de então. E mesmo hoje …
2 comentários:
Peça extraordinária! Especialmente em contexto português. Excelente forma de iniciar o ano! :)
Saudações e bom 2014,
CMP*
Também a achámos extraordinária! Assim uma espécie de elefante numa loja de vidros...;)
Saudações e bom 2014 também.
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